– Gapi já iniciou o trabalho em dezenas de localidades e bairros preparando o arranque do projecto
Está em curso a criação de 12 incubadoras de negócios para formar e acompanhar 1080 empreendedores jovens na região norte do país – refere uma nota informativa da Gapi-SI que organizou equipes integrando 36 jovens técnicos que desde há 2 semanas estão percorrendo dezenas de localidades dos distritos onde as incubadoras irão ser instaladas. “Através destas 12 incubadoras deverão ser formados e acompanhados 1080 empreendedores, dos quais 40% mulheres, que deverão criar igual número de start ups, que terão acesso a um fundo de arranque, além de serviços complementares como acesso a internet, eventos de networking, assistência para legalização de negócios, equipamentos e ferramentas, entre outros. Estas novas microempresas serão desafiadas a criar cerca de 3250 novos empregos”.
A implementação deste projecto designado INCUBOX II está a ser coordenada pela Gapi sob o lema “Da ideia ao negócio” e conta ainda com assistência da Fundação Aga Khan. Esta é a segunda fase deste projecto que testou e melhorou o modelo de incubadoras de negócios em zonas rurais. Uma fase piloto implementada por 18 meses em três distritos da Província do Niassa, abrangendo 120 jovens empreendedores, estende-se agora a 12 distritos, nomeadamente Mandimba, Mecanhelas, Cuamba e Marrupa, no Niassa; Balama, Palma, Chiure e Montepuez, em Cabo Delgado; e Ribáuè, Mossuril, Lumbo e Ilha de Moçambique, em Nampula.
O director do projecto, Rui Amaral detalhou que estão contempladas duas componentes, sendo uma de empreendedorismo, na qual os candidatos devem ter entre 18 e 35 anos; serem finalistas e/ou recém-graduados (até dois anos) do ensino médio, técnico ou universitário; serem residentes nos distritos de implementação; serem empreendedores ou aspirantes ao empreendedorismo com alguma ideia de negócio nos sectores definidos pela iniciativa; ter disponibilidade para participar, durante três meses, dos programa de incubação, eventos e reuniões.
A segunda componente é a de estágios, na qual os requisitos são ter entre 18 e 30 anos, ser graduado do ensino médio, técnico ou universitário, ser residente nos distritos de implementação, não sendo necessária qualquer experiência profissional, mas dispondo de dois meses para participar do programa de estágio local.
No âmbito de financiamento o projecto prevê, em princípio, uma componente designada “fundo de arranque” para os que participarem na incubação de novos negócios. Ciente de que para se lançarem no mercado estas novas empresas irão necessitar de acesso a financiamento adicional, a Gapi irá trabalhar com outras instituições numa proposta de linha de crédito que possa ser utilizada em condições acessíveis pelos que tiverem melhor desempenho, complementada pela assistência técnica pós-incubação que inclui o suporte na preparação de pedidos de financiamento. Os recursos para essa linha de crédito ainda terão de ser mobilizados. – referiu Edwina Ferro, uma das gestoras do projecto,
“Nós acreditamos na união de sinergias, daí termos firmado algumas parcerias, como a que temos como a AIESEC (Associação Internacional de Estudantes de Economia e Ciências Comerciais) para a promoção de estágios internacionais através de uma rede de mais de 120 países e, usando da experiência de programas anteriores como o Agro jovem, no qual as instituições de ensino exercem um papel preponderante na incubação, mentoria e monitoria dos estudantes beneficiários, foram firmadas parcerias com o Instituto Agrário de Balama, Instituto Agrário de Bilibiza, em Quissanga, Instituto Politécnico Martir Cipriano em Mossuril, Nacucha e Lumbo e Instituto Médio Politécnico da Ilha de Mocambique”, explicou Amaral.
Na concepção das infraestruturas e equipamentos do projecto foram acauteladas questões ambientais, daí as incubadoras serem módulos pré-fabricados facilmente instaláveis e replicáveis, usando energia solar autossustentável e contemplando ainda internet Wi-fi, sanitários e galpão de armazenamento para equipamentos e meios de transporte.
Neste momento as equipes de 36 técnicos organizadas pela Gapi estão a realizar um estudo de base no âmbito do estágio actual do ecossistema empreendedor local e seus desafios na região norte do país. Para o efeito, os técnicos no terreno estão realizando um conjunto de cinco inquéritos com aspectos específicos, envolvendo instituições governamentais, instituições de ensino, operadores de telefonia móvel, instituições financeiras e os jovens empreendedores e potenciais beneficiários.
Está ainda prevista no INCUBOX II, uma forte componente de digitalização que inicia com a disponibilização de smartphones aos beneficiários complementada por uma formação sobre o uso e segurança online, acesso a internet gratuita no espaço das incubadoras, acesso a formações relacionadas a gestão de negócios através de realidade virtual.
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