Vitória Ginja na Gapi: “mais mulheres-jovens capacitadas para uma sociedade mais justa”

Vitória Ginja é uma daquelas cidadãs moçambicanas que em vários continentes têm-se engajado em iniciativas de âmbito humanitário e de desenvolvimento social. Depois de mais de duas décadas em vários países de África e América Latina ao serviço do Programa Mundial de Alimentação (PMA), Vitória Ginja regressou recentemente a Moçambique. Neste regresso à pátria aceitou o convite para visitar a Gapi-SI, que ela, como alta funcionária do governo, ajudou a consolidar.

Coube a António Souto, fundador e actual conselheiro principal desta instituição financeira de desenvolvimento, partilhar a evolução da Gapi que Vitória Ginja contribuiu decisivamente para que esta entidade se transformasse numa instituição financeira de desenvolvimento agregando o investimento público, privado e da sociedade civil.

“Foi um grande prazer e honra rever com a dra. Vitória, o que ambos fizemos para que o Estado moçambicano, através do Ministério do Plano e Finanças, bem como outras instituições, apoiassem o projecto e o modelo de Moçambique ter uma instituição financeira de desenvolvimento gerida sem interferências na gestão, e capaz de cumprir a sua missão de desenvolvimento de forma sustentável” – disse António Souto após esta visita que considerou como “um reencontro carregado de emoções e de alento”.

Vitória Ginja, como membro da equipe nomeada pelo então Ministro do Plano, Tomás Salomão, teve um papel reconhecido pelas entidades envolvidas como “muito activo e positivo” nas negociações para que, após a privatização do BPD, os 70% de ações que este banco detinha na Gapi,Lda  fossem repartidos entre 40% para investidores privados e 30% continuando como participação do Estado. Ao mesmo tempo, os restantes 30% detidos pela Fundação Friedrich Ebert da Alemanha fossem progressivamente tomados por organizações da sociedade civil moçambicana.

“Aquilo foi um dossier complexo porque o projecto era inovador. Agora, nesta etapa da vida desejo continuar a contribuir para este projecto, compartilhando as experiências que tive oportunidade de vivenciar na trajectória pessoal e profissional no país e além-fronteiras. – disse a mestre em planeamento social e gestão Vitória Ginja.

“Quero por intermédio de aconselhamento que essa minha experiência possa contribuir para que outras mulheres-jovens possam agir com atitudes positivas, ter sempre optimismo, fé nas suas capacidades e seguirem em frente pelos seus sonhos. Elas devem acreditar nos seus sonhos e, dessa forma, elas contribuirão para uma sociedade mais justa, mais equilibrada.” – concluiu Vitória Ginja.

“A estrutura acionista híbrida, que a dra Vitória ajudou a promover como o modelo a seguir, conciliando sensibilidades diferentes, mas complementares, assegurou a boa governação da Gapi e, por conseguinte, a sua credibilidade para mobilizar recursos e aplicá-los com eficiência e transparência em projectos de desenvolvimento geradores de empregos e com impacto na expansão do tecido empresarial” – concluiu o conselheiro da Gapi.

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