No corredor de Nacala
A TechnoServe e a Gapi assinaram, no passado dia 20 de Outubro do corrente ano, um protocolo de cooperação ao abrigo do programa Feed the Future Moçambique (FTF Premier), que visa promover sistemas de mercados agrícolas, inovadores e resilientes, de modo a absorver, adaptar e responder aos choques climáticos, económicos e políticos, reduzir a pobreza e melhorar a segurança alimentar, ao longo do Corredor de Nacala.
Rubricado por Marc Steen, Director do FTF Premier, em representação da TechnoServe e por Adolfo Muholove, Presidente da Comissão Executiva da Gapi, este acordo irá inicialmente se focar nas províncias de Nampula (distritos de Malema, Meconta, Nacala e Nampula), Niassa (distritos de Cuamba) e Zambezia (distritos de Gurué e Alto-Molocue). Contudo os distritos adjacentes a estes serão considerados distritos de suporte, o que significa que poderão servir como mercados ou abastecedores dos actores de todas as cadeias de valores envolvidas, nomeadamente: milho, soja, amendoim, feijão comum, feijão bóer, caju, gergelim, mandioca e avicultura.
A TechnoServe, no seu programa FTF Premier e por meio de seu mecanismo de subvenção, busca um entendimento com a Gapi, considerando a sua experiência e reputação, para expansão, adaptação e o desenvolvimento de novos serviços e produtos financeiros para agricultores e empresas de agro-negócio no corredor de Nacala.
“Com esta parceria, procuramos garantir o aumento ao acesso do capital de giro para as micro, pequenas, medias e grandes empresas agrárias – uma vez que a sua falta reduz a capacidade de compra de produtos agrícolas, especialmente do pequeno produtor e é a principal barreira para formalizar as cadeias de suprimentos – o que incentivará o pequeno agricultor a investir na melhoria de produtividade, volumes e qualidade exigidas pelos agro-processadores e outros mercados finais com margens mais altas”, considera a TechnoServe, que defende ainda a necessidade de se “facilitar investimentos de capital para micro, pequenas, medias e grandes empresas agrárias, uma vez que precisam de acesso ao capital adicional para o comércio com fornecedores locais e externos para investir em activos e pilotar serviços financeiros inovadores”.
Adolfo Muholove vincou a importância desta parceria, recordando “o trabalho conjunto entre as nossas instituições já tem décadas e os resultados sempre foram positivos” Ainda no âmbito deste acordo, “a Gapi apresenta uma proposta de plano para garantir o acesso ao financiamento do agronegócio nos distritos abrangidos pelo projecto, onde serão apresentados com detalhes as subcomponentes de assistência técnica, serviços financeiros, educação financeira, capitalização de empresas e financiamento”.
“Por outro lado, as nossas duas instituições, pretendem aumentar a utilização das linhas de crédito e de garantias bancárias, por via do desenvolvimento e gestão de base de potenciais clientes através de capacitação, treinamento, apoio na formalização de contratos de compras e monitoria de potenciais clientes”, finalizou.
A cerimónia se realizou em Maputo, tendo contado com a participação de quadros das duas instituições, em modelo híbrido para incluir participantes baseados noutras províncias do