Gapi firma sua internacionalização em Angola

– Capacitando gestores de cooperativas agrícolas e pesqueiras

A Gapi vem firmando a expansão das suas actividades além-fronteiras, acção que já vem decorrendo desde 2021, ministrando formações de formadores e de gestores de cooperativas agropecuárias de Angola, em matérias de gestão, marketing, ligações de mercados, entre outros, numa acção conjunta com a Organização Internacional de Trabalho (OIT) sob iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O Presidente da Comissão Executiva da Gapi, Adolfo Muholove, que é o formador principal e conta com a experiência de formação de formadores em Moçambique, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e no Centro Internacional de Formação da OIT em Turim, há mais de 20 anos, considera que “O sucesso das nossas acções anteriores, aliado ao resultado do trabalho realizado nos últimos 33 anos, tem merecido a atenção e reconhecimento de entidades nacionais e internacionais, daí sermos confiados esta missão”.

Muholove referiu ainda que “a nossa metodologia de intervenção integrada, na qual combinamos Serviços Financeiros, Serviços de Consultoria e Capacitação em Gestão de Negócios e Serviços de Desenvolvimento Institucional, nos permite contribuir para apoiar o surgimento e ou fortalecimento de instituições como as cooperativas”.

Juliana de Castro formadora da OIT baseada em Itália enalteceu o papel da sua própria organização e da Gapi, pelo sucesso que tem alcançado e tem permitido a recorrente confiança da FAO. “O facto de, desde 2021 estarmos a ser confiados para conduzir estas formações, é reflexo dos resultados satisfatórios que tem estado a ser verificados na gestão e consequente crescimento das cooperativas rurais em Angola”.

Essa formação foi ministrada dentro do objectivo de sustentar o projecto Agroprodeza que é o projecto de aceleração de investimentos inclusivos e sustentáveis em agronegócio, nos corredores económicos de crescimento em Angola. Desde 2021, beneficiaram destas capacitações, cerca de 150 participantes oriundos de quatro províncias, representando 30 cooperativas diferentes.

Francisco Souto, conselheiro principal da Gapi e convidado à sessão de enceramento, destacou o papel que deve ser desempenhado pelas cooperativas, não só sob o ponto de vista económico empresarial, mas, sobretudo social. Nesta conversa com cooperativistas de Bengo e Luanda, Souto, na qualidade de um dos fundadores e o primeiro PCA da Gapi, destacou a experiência desta instituição na criação de cooperativas e – no início da década de 90 – o papel dinamizador no estabelecimento da União Geral das Cooperativas, uma agremiação que contava com centenas de cooperativas, a maior parte sediada na cintura verde da cidade de Maputo.

Falando em representação dos participantes, André Neto considerou “muito importante esta acção, sobretudo porque desta vez foram incluídas as cooperativas de pesca que, em conjunto com a agricultura, são áreas muito cruciais para o desenvolvimento local, em Angola. Portanto, a troca de experiências foi crucial, porque nos permitem congregar os conhecimentos e oportunidades nas várias áreas”. – disse, para depois lançar um desafio à Gapi “para que estenda esta visão e metodologia de actuação para que criemos uma Gapi em Angola”.

Das intervenções dos participantes, foi ponto assente que a formação correspondeu com as expectativas, dado que a dinâmica introduzida neste processo foi estudada ao pormenor e o aprendizado foi não apenas no conteúdo introduzido nas salas, mas sobretudo nas aulas práticas.

O Mycoop é uma ferramenta desenvolvida pela OIT, FAO e parceiros técnicos como universidades de todo o mundo e adapta-se ao contexto de africa e de angola em particular e colecta muito know how para o enriquecer e contribui com muitos aspectos para o desenvolvimento das cooperativas.

De referir que além do Programa de formação MyCoop destinado à formação de gestores de cooperativas agropecuárias a Gapi possui outros programas formativos para proto empresários, gestores de micro. Pequenas e médias empresas customizáveis para cada circunstância e realidade socioeconómica. Possui ainda programas específicos para capacitação de jovens e mulheres empreendedores de vários sectores económicos.

Share
Leave comment