INCM, Ologa e Gapi implementam tecnologias de comunicação para o desenvolvimento económico local

O Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), a Gapi e a Ologa-Sistemas Informáticos, estão a desenvolver um projecto de inclusão digital que tem como objectivo prover serviços de Internet de banda larga nas zonas rurais, promovendo iniciativas de emprego e auto-emprego sobretudo para jovens e mulheres, através de plataformas electrónicas.

Mulweli Rebelo, Director Geral da Ologa, que é o parceiro técnico e implementador, explicou que “estamos a finalizar a montagem da infra-estrutura, mas já há distritos a usarem os serviços e o objectivo é desenvolver plataformas electrónicas para acesso a conteúdos, formações online, entre outros”.

O projecto de conectividade rural é financiado pelo Fundo do Serviço de Acesso Universal (FSAU), património autónomo do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) e está a ser implementado nos distritos da Manhiça (Província de Maputo), Macia e Chókwè (Província de Gaza), Massinga (Província de Inhambane), Dondo e Gorongosa (Província de Sofala), Nicoadala (Província da Zambézia), Ribáuè e Monapo (Província de Nampula), e Mandimba (Província do Niassa). 

A Gapi, entanto que Instituição Financeira de Desenvolvimento, focada em projectos que  “estimulem o potencial empreendedor de jovens e de mulheres e que promovam a inclusão económica e financeira” propõe-se contribuir para que os mercados e bazares periurbanos sejam centros de negócio melhor organizados quer proporcionando aos vendedores e compradores mais informação quer sobre saúde, quer sobre os produtos disponíveis.

António Souto, Conselheiro principal do Grupo Gapi considera que “para um crescimento económico mais inclusivo é necessário investir inteligentemente nos mercados periurbanos e rurais, pois eles são unidades económicas com potencial impacto no desenvolvimento económico local”.

“Através da internet e plataformas digitais locais com aplicativos e conteúdos relevantes para a vida e negócios que se praticam nesses mercados é possível apoiar a conversão de operadores informais em empresários formais e conferir mais higiene, dignidade e sustentabilidade a esses espaços das economias locais. Temos de estar melhor preparados para pandemias como as que actualmente enfrentamos.” – acrescentou António Souto.

A Gapi, em colaboração com uma empresa dinamarquesa, a Bluetown, está a implementar no distrito de Ribáuè um projecto piloto designado MIN (Mulheres Informadas). Este projecto resulta de uma iniciativa mundial designada WomenConnect Challenge lançada pela USAID. No MIN o foco é a inclusão digital e tecnológica da mulher rural em Moçambique, tendo para tal sido criadas soluções que visam mudar significativamente a forma como as mulheres e meninas acessam a tecnologia, para gerar resultados positivos para a saúde, a educação e meios de subsistência para elas e suas famílias.

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