Nelito Chavanha, beneficiário do programa Agro-Jovem foi eleito pela direcção da Gapi como o melhor empresário jovem, da época agrícola 2018/19, dedicando-lhe o prémio “Combatente pelo Desenvolvimento”.
Esta iniciativa, que assinala o quarto aniversário do lançamento pelo Chefe de Estado do programa Agro-Jovem a 22 de Junho de 2015, irá premiar anualmente os jovens empresários que melhor se destacam pelo bom desempenho na implementação dos seus novos negócios e no pagamento das prestações do crédito a que tiverem acesso. A Gapi identifica e promove os jovens que mostram maior sentido de responsabilidade.
Nelito, mesmo sem deter garantias reais sólidas, recebeu em 2017 um financiamento de 670.000 meticais, a um juro inferior a metade das taxas de juro do mercado, que investiu em infra-estruturas de produção resiliente às mudanças climáticas, bem como na aquisição de tecnologias melhoradas para a sua produção.
O prémio, num montante de 43 mil Meticais constitui a devolução a este empreendedor de uma parte do capital que já reembolsou à Gapi e destina-se a reforçar os seus fundos próprios.
Nelito está a reerguer-se da destruição parcial da sua infra-estrutura causada pelo ciclone Idaí. Mesmo nessas condições tem conseguido assegurar o cumprimento das suas obrigações financeiras para com a Gapi-SI.
De 33 anos, residente no distrito de Vandúzi, Nelito é especializado em Agro-negócios pelo Instituto Superior Politécnico de Manica. Em 2013 iniciou com a produção e venda de plântulas e hortícolas, além de trabalhar no fomento de produção, fornecendo semente e assistência técnica a diversos produtores locais.
Com a assistência financeira recebida, neste momento a empresa conta com 3 estufas e um posto de vendas. Tem entre os seus clientes, um dos principais supermercados a nível nacional.
“Os meus grandes objectivos passam por pagar o financiamento e adquirir a certificação internacional dos produtos.” – Diz, destacando que “um dos diferenciais estratégicos é que os clientes que passam pelo nosso ponto de venda tem a oportunidade de colher as hortícolas directamente da machamba e assim tem contacto directo com o processo produtivo.”
Desde o seu lançamento há quatro anos, o Programa Agro-Jovem, que é apoiado pela DANIDA, permitiu a criação de 119 empresas de 272 jovens, que actuam nas áreas deagricultura, horticultura, agro-processamento, avicultura, venda de insumos, suinicultura, piscicultura, aquacultura, energias renováveis e venda e processamento de carnes. Para estas empresas, a Gapi, com fundos da DANIDA, já concedeu créditos bonificados acima de 1,1 milhão de US Dólares.