O projecto Agro-Jovem, uma iniciativa da Gapi-Sociedade de Investimentos, lançado oficialmente pelo Presidente da Republica em 2015 e com o apoio da DANIDA, está a implementar, em todo o País, um total de 29 projectos de negócio, representando um financiamento global de cerca de 33 milhões de meticais.
Na sequência do sucesso alcançado por várias iniciativas de apoio a jovens empreendedores, em particular o Agro-Jovem, a Gapi está a projectar a criação de um fundo de investimento específico para a juventude, com vista a contribuir ainda mais para o surgimento de uma nova geração empresarial e contribuir para uma sociedade inclusiva.
“Temos vários programas dedicados à promoção da mulher e jovens empreendedores. No caso dos jovens, o Agro-Jovem envolve parcerias com 16 universidades e escolas técnico-profissionais, bem como organizações como a Global Shapers Moçambique e a AIESEC”, disse, sexta-feira, 26 de Janeiro, em Maputo, o administrador delegado da Gapi, António Souto, à margem do lançamento da marca de artigos personalizados Tshuvuka, pertencente a Formoso Carneiro, um empresário nacional que, há vinte anos, quando ainda jovem, começou a ter assistência técnica e financeira da Gapi.
Formoso Carneiro, que começou como cliente da Gapi numa barraca no mercado de Xai-Xai, tem vindo a manter a sua relação com esta instituição financeira de desenvolvimento, conseguindo, posteriormente montar uma empresa gráfica em Maputo que hoje emprega directamente 40 trabalhadores.
“O sucesso de Formoso e de alguns outros é um incentivo para dedicarmos mais atenção e recursos ao potencial que está em certos jovens. O nosso trabalho é identifica-los, apoiá-los e acompanhá-los” – acrescentou o Administrador da Gapi
No projecto Agro-Jovem, conforme sublinhou António Souto, durante 2017 estiveram, envolvidos em debate de ideias sobre possibilidades de negócio ao nível do País cerca de 950 jovens.
Este programa está neste momento a financiar 29 iniciativas de negócio em quase todas as províncias. O crédito e assistência técnica já disponibilizada montam a cerca de 33 milhões de meticais: “Estão a surgir pequenas empresas, por todo o País, com jovens dedicados, que estão a começar a implementar os seus negócios, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva”, frisou.
“Estamos a trabalhar para que através de um instrumento financeiro gerido com base na nossa experiência se beneficiem mais jovens e se possa criar mais emprego à semelhança do que aconteceu com o proprietário da marca Tshuvuka, Formoso Carneiro”, indicou.
A propósito, Formoso Carneiro contou que durante vinte anos de parceria com a Gapi a sua vida mudou para melhor, assim como foi igualmente transformada a vida de muitos colaboradores que estão consigo neste percurso como empresário.
“Com o apoio da Gapi foi possível sair do sector informal e abrir a minha primeira loja. Até hoje questiono-me por que é que eles acreditaram em mim, concedendo-me crédito sem que eu tivesse garantia forte. Sinto-me agora realizado, pois tenho um negócio estabelecido que emprega um bom número de trabalhadores”, concluiu Formoso Carneiro.