A Associação Moçambicana dos Operadores de Microfinanças (AMOMIF), a New Faces New Voices, a Gapi e a Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) rubricaram, semana finda, um memorando de entendimento que visa a criação de um consórcio para expandir serviços financeiros prioritariamente a mulheres empreendedoras através de processos digitais.
De acordo com os signatários, este consórcio implementará um programa cujo objectivo Geral é promover o acesso a serviços financeiros digitais focados em Micro e Pequenas empresas e que priorizem a formalização de negócios detidos ou liderados por mulheres.
O programa prevê a realização de (i) actividades de mobilização de recursos para a implementação do programa e em apoio ao financiamento de projectos concretos; (ii) advocacia a favor da digitalização de serviços financeiros para negócios, com prioridade para a mulher emprendedora; e (iii) participação em iniciativas que promovam a formalização dos negócios, particularmente em mercados peri-urbanos.
“A AMOMIF considera útil e oportuna uma reflexão sobre o futuro das microfinanças num contexto de transformação digital, pois isso é parte da estratégia e do plano de trabalho, devendo-se porém, priorizar a concepção e realização de actividades concretas com impacto directo nos negócios das instituições micro financeiras”, lê-se no documento.
A New Faces New Voices, fundamenta a sua adesão à necessidade e oportunidade de “explorar de que forma as microfinanças podem embarcar nesta transformação e contribuir para a inclusão financeira da mulher através dos serviços financeiros digitais”. Estes factos, constituem parte da agenda desta instituição pan-africana de advocacia e pesquisa que defende o empoderamento da mulher através da oferta de um melhor acesso ao capital, desenvolvimento de habilidades e a promoção da mulher em posições de liderança no sector financeiro.
No documento lê-se ainda que a “A Gapi, na sua função de instituição financeira de desenvolvimento, com uma implantação nacional e com responsabilidades na mobilização e aplicação de recursos em iniciativas que impactem na inclusão social e económica, realiza a sua missão e projectos preferencialmente através de parcerias com outras instituições cujas missões e experiências contribuam para a edificação de uma rede promotora de finanças para o desenvolvimento sustentável”.
Outro signatário do consórcio é a Câmara de Comércio de Moçambique, que tem um programa designado “promover a inovação, o empreendedorismo e investimentos geradores de emprego, através da assistência às associações de operadores do sector informal visando a formalização destes negócios principalmente nos mercados periurbanos e com particular enfoque na digitalização e promoção da mulher empreendedora”.
Estas quatro instituições e as parcerias entre elas existentes têm como denominador comum o compromisso mútuo de realizar intervenções complementares focadas na promoção da inclusão financeira e no empoderamento da mulher empreendedora através de melhor acesso a serviços financeiros suportados por canais e ferramentas digitais.
O acto de constituição do consorcio foi feito numa sessão publica que contou com a participação de diversas instituições e dignitários nacionais e estrangeiros, dentre as quais a da administradora do Banco de Moçambique, Benedita Guimino e do vereador do Plano e Finanças do Município de Maputo, Armindo Matos.