“Gapi é a nossa boia de salvação”

– Cipriano Celestino Sariva, 26 anos, empreendedor, Beira

Cipriano Celestino Sariva é um jovem de 26 anos que empreende no ramo da carpintaria que, em 2017, com apenas 20 anos, deu continuidade ao negócio fundado pelo seu pai. 2 anos depois, em 2019, viu o seu negócio totalmente destruido pelo ciclone Idai. Ao saber da existência do Fundo de Emergência para a Reabilitação e Expansão de Negócios(FEREN) implementado pela Gapi, sob financiamento da DANIDA, se candidatou, tendo beneficiado de financiamento e assistência técnica em gestão de negócios. Fomos visitá-lo e ouvimos a sua estória:

Gapi: Fale-nos do seu negócio

Cipriano Celestino Sariva: Quem fundou o negócio foi o meu pai, então eu só dei continuidade a partir de 2017 para cá. De lá para cá passamos por altos e baixos, mas agoa o balanço é positivo.

G: Como e quando começa a tua relação com a Gapi?

CCS: A minha relação com a Gapi começa com uma formação, no ano de 2020.

G: Quais os serviços que procurou ter na Gapi?

CCS: Do princípio queria crédito, mas eles me aconselharam a começar pela capacitação, tal como podem ver eu sou muito novo e não tenho muitas experiências no negócio, então junto com muitos pequenos empreendedores tive uma capacitação, mas não adianta uma capacitação sem fundos. Então, depois da capacitação, procurei ter fundos para desenvolver o meu negócio.

G: Qual é montante que recebeu?

CCS: 400 mil meticais.

G: Como é que aplicou o valor?

CCS: Apliquei o valor na compra de máquinas, uma delas está aqui e as outras estão na outra cerração.

G: Que melhorias está a verificar depois de aplicar o valor?

CCS: Sempre que você melhora o equipamento, verifica melhorias porque já não dependo mais dos outros, pois agora faço tudo sozinho. Então, sempre que você investe nas máquinas, verá resultados.

Que impacto teve esse crédito em termos de empregabilidade. Aumentou o efectivo ou mantevce?

CCS: Sim consegui aumentar, porque quando invisti nas máquinas, tive que aumentar o número de trabalhadores. Antes eu tinha uns quatro, mas devido ao aumento do trabalho e ao facto do equipamento exigir duas pessoas para ser operado, agora temos mais oito trabalhadores.

G: Como avalia a assistência de que beneficiou?

CCS: As taxas de jurosão muito favoráveis, principalmente se comparada a dos outros bancos.

G: Qual foi a taxa de juros que lhe foi aplicada?

CCS: 10%.

G: Já liquidou a dívida que tem com a instituição?

CCS: já terminei de pagar.

G: Como é que avalia o vosso relacionamento com a Gapi?

CCS: Considero muito boa. Se houver oportunidades vou voltar a solicitar um financiamento, porque sozinho não é possível crescer, é sempre necessário ter apoio para conseguir te financiar para pôr em prática os projectos.

G: Tem alguma consideração a deixar ficar?

CCS: Apelo a Gapi a expandir essas oportunidades, que são cada vez mais difíceis, a outros jovens. Há muitos jovens com vontade de trabalhar, mas não sabem como começar e a quem recorrer. Devem ir aos distritos também reunir com jovens e dar mais informação sobre o vosso trabalho. Hoje em dia não é fácil ter acesso a crédito com juros de 10%, então se há uma instituição que pode nos facilitar o negócio, aconselho os jovens a irem nesta direcção, porque de momento é uma espécie de boia de salvação.

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