Até sempre Carolina e Victor!

A família Gapi reuniu para dizer um até sempre a dois colegas que se desvinculam da instituição, por terem atingido a fase de reforma. Trata-se de Carolina Vilanculo, que entrou para a família Gapi em 2001 e de Victor Paulino que fazia parte da mesma 1995.

Foi uma cerimónia carregada de muito simbolismo pelos valores e ética de trabalho e alto sentido de equipa que ambos demonstraram. No acto, várias foram as intervenções de colegas que partilharam o dia-a-dia com eles. A Chefe dos Recursos Humanos, Gertrudes Matola, tomou as rédeas do evento, destacando que se tratava de “um momento para homenagear dois jovens bonitos e maravilhosos, que ao longo de um percurso sem manchas, conseguiram atingir as metas.”

Adolfo Muholove, PCE

O Víctor e a Carolina, foram colegas que contribuíram muito para o meu crescimento e o da Gapi, pelo que tudo que disser será pouco. Por isso vou apenas desejar a eles sucessos nesta nova fase. Acredito que, se forem perguntados onde trabalham, dirão que são reformados da Gapi e isso tem valor e status.

António Souto, Conselheiro Principal

O importante está dito, para se chegar aqui com a folha limpa é porque são pessoas que tem contribuíram para que a nossa instituição se mantenha. São 33 anos, de ética e valores, esta é a mensagem principal que tem de ser dita, eu acompanhei-os, não sei quantas centenas de quilómetros fui conduzido pelo Sr. Victor, quantas conversas tivemos em longas viagens, ate mesmo quando apanhamos multa, as memórias são muitas, so quero dizer que a mensagem principal é incentivar os jovens, os que estão nessa sala e os que estão espalhados em todo o país, tentem chegar a meta.

Carolina Vilanculo:

Boa tarde família, boa tarde colegas, Amutzi.

Tenho uma cara vulgar, quando estou muito feliz não passo despercebida, assim como quando estou triste, agradecer a todos, e imensamente a Deus, por tudo, pela existência, pelo percurso, pela oportunidade que tive de me juntar a Gapi, Amutzi, agradeço a Deus porque não sei se estaria aqui com os meus próprios pés, mas pela graça do senhor estou aqui e sairei caminhando com os pés. Sou grata a família, que é meu grande suporte.

De facto a Gapi é uma escola onde todos aprendemos, que dizem que eu ensinei, mas eu que aprendi, e me tornei essa pessoa que sou hoje. Não foi fácil, eu cresci em um ambiente que não se sabia, por exemplo quando vais a machamba, não sabes se vais colher ou não, se chove ou se tem seca, é imprevisível, se teremos a produção que teremos, mas quando o chega o dia de colheita, como hoje, a emoção é indiscretível.

De facto, como dizia a Dra Anabela, eu vim da Beira, quem me convida é o falecido Salomão, apanhou me a distribuir currículos, eu já me sentia cansada, no banco trabalhava muito, tínhamos o sistema informático, mas era manualmente e eu respondia pelo departamento de informática e tínhamos escala, trabalhávamos noite e dia, então o Salomão solicita uma copia e diz me que a Gapi estava em crescimento e tinha boas perspectivas. Em Abril de 2001, assinei o contrato, que curiosamente foi em Abril que estou de saída. Dizem que o Abril é o meu mês da sorte, coisas boas acontecem a mim neste mês. Vim para Maputo por outras circunstancias, trabalhei na tesouraria e contabilidade, mas a vida começa a complicar quando me convidam para assumir a responsabilidade de um departamento, mas eu tive apoio de muitos colegas, mas fique uma mensagem para os colegas que ficam, não se entristeçam com as reclamações, porque o nosso departamento é de trabalho exposto.

Quero agradecer a esta instituição que, mesmo quando o próprio governo atravessava crises de salário, tivemos salário, assistência medica a nós e aos nossos familiares, estou grata por esta instituição. Quando entrei tive a oportunidade de ter assistência para os meus pais, escolher o médico, graças a Gapi. Isso os jovens não vêem, mas esperro que os que aqui estão passem a mensagem, da necessidade de mais responsabilidade, porque há muitos que passam por dificuldades. Por favor, jovens ponham a mão na consciência. Eu tive a sorte de trabalhar com todos e não me lembro de deixar nada passar, sempre que pude intervir metia a mão, isso sim e isso não, a defender a esta instituição que nos protege e nos dá o privilégio. Mesmo quando perdi os meus pais, tive todo apoio da Gapi e dos colegas, eu tive covid e senti o calor dos colegas, mandaram mensagem e ligaram. Colegas, quando alguém estiver doente, eu senti isso, quando perder alguém, aproximem e mandem mensagem, não imaginem quanto é importante isso. Este é o momento para fazer minha venea para os fundadores e agradecer. Eu cresci ouvindo 4 palavras que me nortearam, zelo, dedicação, disciplina e honestidade, essas palavras me nortearam ate então, estou a terminar a minha jornada hoje.. nunca roubei, nunca recebi uma comissão sequer, e sempre que pude dediquei tudo ao trabalho.

Os meus especiais agradecimentos a Dra Anabela, para não decepcionar fiz de tudo que esteja ao meu alcance e arrastei o departamento. Peço aos jovens, o que foi bom, capitalizem, o que foi mau, também não sou eu… foi aquele meu espírito da Munhava. Um agradecimento especial, ao Dr Isaias, ao José Nhambe.

Ao ter ascendido a este posto, consegui melhorar a minha vida pessoal, agrdeço ao meu marido, as minhas 3 filhas estão formadas e bem formadas, uma delas até responde a nível nacional, conhece ate o gabinete do Papa. Graças a Gapi ascendi e é sabido até na minha casa. Obrigado a todos. Se falhei com alguém peço desculpa. Ao Dr Souto, se falhei peço lhe desculpa.

Força ao jovens, responsabilidade. O que esta aqui não é nosso, é da instituição. Esperem ganhar o vosso para crescer.

Victor Paulino

Boa tarde, eu não tenho muito a dizer, apenas agradecer a Gapi, eu e a minha família, porque sou o que sou graças a Gapi, senão estaria ai a fazer não sei o que.. não tenho muito a dizer, apenas obrigado.

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