As primeiras mulheres empreendedoras que beneficiaram do apoio financeiro e técnico da Gapi no âmbito do Programa de Promoção e Empoderamento da Mulher Empreendedora, viram os seus negócios ganhar outra dinâmica e o resultado das suas actividades é visível tanto a nível pessoal, como no das pessoas que encontraram nos mesmos, uma fonte de emprego.
Este programa, surgiu da necessidade de aumentar a participação da mulher na esfera económica, mas sobretudo para que este segmento social tire benefícios dessa participação. O programa envolve uma componente de assistência técnica, que compreende apoio na transposição da ideia de negócio em plano de negócio, assistência nas vertentes legal, fiscal, de contabilidade, marketing, entre outros aspectos que vierem a ser identificados como decisivos para o sucesso de cada negócio. A outra componente, é a de financiamento aos projectos, a ser efectuada em função das necessidades e especificidades do negócio. E, pode ser feito através da concessão de crédito, prestação de garantias ou mesmo, a médio prazo, por via de participações financeiras”.
Maria Sibia, da empresa Casa do Campo Lda, que produz ovos de codornizes é uma das beneficiárias que diz que “comecei produzindo e comercializando uma média de 200 ovos por mês e com o apoio da Gapi estou a aumentar a minha capacidade para cerca de 1.200 ovovs por mês, para responder a procura e pressão do mercado. O meu produto já está nos supermercados da cidade de Maputo”
Numa visita recentemente efectuada pela equipa do programa, Sibia mostrou os esforços que estão a desenvolver com vista a expandir a produção de ovos férteis, sendo que, para tal estão em processo de construção de uma capoeira maior, num novo espaço apresentado à referida equipa.
Outra beneficiária cujas actividades estão a ter um grande impacto, pese embora a base da matéria-prima tenha sofrido um revés com a ocorrência do ciclone Kenneth, que afectou, dentre outros distritos, o de Ibo, local onde é feita a plantação do café, é Iolanda Almeida, que através da empresa INMA Agronegócio, está a processar e comercializar o “café do Ibo”.
Aliás, esta empresa foi vencedora no concurso SANBio FemBioBiz 2018, o que levou a Gapi, dentro da sua estratégia de criação e promoção do empresariado nacional e de negócios sustentáveis e com impacto na geração de renda e emprego, a premiá-la e financiá-la, tal como a outras quatro empresas, melhores classificadas no referido concurso de modo a contribuir para o melhoramento e aumento da produtividade das mesmas.
As actividades desta mulher empreendedora têm grande impacto na economia local, dado que envolve cerca de 120 membros, dos quais 50 são mulheres, agrupados em associação e tem como um dos principais marcos, o trabalho apresentado em 2015, num evento internacional decorrido na Itália, onde o café produzido por eles foi classificado como um dos melhores do Mundo.
Iolanda Almeida reconheceu e agradeceu a intervenção da Gapi que “permitiu-nos aumentar as quantidades de aquisição da matéria-prima. Isso, além de nos permitir termos uma melhor resposta à procura e contribuir para que os agricultores aumentem as suas rendas. Melhoramos também os métodos de processamento do café e aumentamos as quantidades, o que pressupôs acrescentarmos os postos de trabalho, sobretudo com pessoal jovem.
Aurora Psico, que lidera este programa e liderou as visitas, realçou que “o maior diferencial deste programa consiste na integração de serviços de assistência técnica e financeira a projectos de negócio pertencentes e geridos por mulheres. Nesta fase de arranque, a Gapi alocou para já um orçamento de cinco milhões de meticais”.
Ainda de acordo com Psico, a Gapi está em negociações para alargar o
orçamento a este Programa que espera poder expandir ainda este ano. “Além
disso, tal como já vem fazendo noutros programas, a Gapi está aberta a
parcerias com a banca comercial para que esta crie melhores condições de acesso
ao financiamento.” – Reforçou, para finalizar dizendo que
“o
que a Gapi pretende com este programa é contribuir para a igualdade do género,
o que implica capacitar a mulher, dotando-a de condições necessárias para o seu
empoderamento económico, permitindo-lhe a apropriação da riqueza gerada pelas
suas iniciativas empreendedoras.”