Mais de 100 agricultores da costa litoral norte vivem a base da comercialização do café produzido na Ilha do Ibo. Este café de uma variedade rara de nome racemosa lour já esteve em via de extinção, facto que fez com que há 10 anos um grupo de produtores fizesse o relançamento desta cultura por via de multiplicação da semente. Na mesma altura foi criada, com o apoio da Gapi e da Fundação Ford, a associação dos produtores do café do Ibo com o objectivo de organizar e padronizar a produção do mesmo.
A Associação conta com cerca de 120 membros, dos quais 50 são mulheres e tem como um dos principais marcos, o trabalho apresentado em 2015, num evento internacional decorrido na Itália, onde o café produzido por eles foi classificado como um dos melhores do Mundo. A nível nacional o café teve notoriedade depois que foi vencedor no concurso SANBio FemBioBiz 2018 através da empresa INMA Limitada, da concorrente Iolanda Almeida.
A Gapi dentro da sua estratégia de criação e promoção do empresariado nacional e de negócios sustentáveis e com impacto positivo na sociedade, premiou e decidiu financiar esta e outras quatro empresas, melhores classificadas no referido concurso de modo a contribuir para o melhoramento e aumento da produtividade das mesmas.
“O apoio da Gapi vai permitir que eu aumente as quantidades de aquisição do café do Ibo e dessa forma ajudar aos agricultores a aumentarem as suas rendas. Vou também adquirir uma máquina de torragem que me vai permitir processar o café de forma rápida e em maiores quantidades e dessa forma aumentar o número da mão-de-obra (provendo assim emprego aos jovens).” – disse Iolanda Almeida.