Operadores do sector do agro-negócio e relacionados a este sector, dentre os quais empresários, associações empresariais, camponeses, dirigentes, técnicos da administração pública, pesquisadores, académicos, entre outros, enalteceram o papel que a Gapi vem desempenhando neste sector.
Estas manifestações foram dadas a conhecer após a intervenção da Gapi na conferência de agro-negócios, promovida pelo Observatório do Meio Rural (OMR) que decorreu em Maputo, nos dias 8 e 9 de Março corrente. A apresentação da Gapi teve como foco o seu contributo para a modernização da agricultura, com particlular destaque para o financiamento que disponibiliza para este sector.
“A Gapi tem contribuido para o aumento da produção e produtividade do sector do agro-negócio, contribuindo para tornar a agricultura numa actividade mais viável, através da sua metodologia de intervenção”, considerou João Mosca, Director Executivo da OMR.
Durante a apresentação, o chefe do Departamento de Microfinanças da Gapi, Ramos Joaquim, apresentou exemplos de intervenção desta Instituição Financeira de Desenvolvimento, tendo destacado que, nos últimos três anos, esta financiou cerca de 650 milhões de meticais a diversos projectos na cadeia de valor do agro-negócio, fomentando 40 mil postos de trabalho (formais e informais), dos quais 38% são ocupados por mulheres.
Joaquim explicou ainda que cerca de 200 Pequenas e Médias Empresas (PME’s) beneficiaram-se de financiamento conjugado com a devida assistência técnica, o que permitiu modernizar o processo produtivo, nomeadamente através da melhoria da qualidade dos insumos como sementes, sistemas de rega, processamento e conservação; e ligações aos mercados.
Outro interveniente que enalteceu os resultados da aplicação da metodologia integrada da Gapi que combina Financiamento, Consultoria e Capacitação Empresarial e Desenvolvimento Institucional, foi o presidente do pelouro de Agro-negócios e Pescas, Adelino Buque, para quem apenas deste modo se pode alavancar a actividade agrícola.
“Felicito a Gapi pela sua estratégia de actuação nas zonas rurais, oferecendo várias alternativas de financiamento. O crédito e assistência técnica ao agro-negócio tem sido uma das bandeiras da Gapi, e o resultado é o que temos acompanhado: vários camponeses hoje transformaram-se em agricultores. O desafio agora é expandiar o apoio que vem dando na criação de cooperativas e empresas, pois, só assim se pode garantir a sustentabilidade destas intervenções bem sucedidas.” – referiu.
Outro aspecto que mereceu reconhecimento são os princípios de proximidade geográfica e cultural, que a Gapi adopta, quer através das suas delegações, como de uma rede de Bancos Rurais e de Organizações de Produtores que permitem garantir o acesso a serviços financeiros aos pequenos produtores e, por conseguinte, alargar a sua abrangência.
Neste debate, o destaque foi dado a importância da promoção da literacia financeira nas comunidades rurais, onde a Gapi tem assistido organizações de produtores na criação de GPE´s (Grupos de Poupança e Empréstimo), permitindo deste modo, que o agricultor poupe o seu dinheiro hoje para investir na melhoria do seu negócio amanhã.
Joaquim finalizou dando ênfase aos esforços que tem sido empreendidos na melhoria da capacidade humana, tendo dito que: “o agente da mudança é o homem e este deve estar capacitado para lidar com actividades em toda a cadeia de valor, sobretudo com o capital financeiro (para a aquisição de tractores, bombas de irrigação, construção de silos para armazenamento, aquisição de sementes melhoradas, alfaias para colheita rápida e eficaz em maiores áreas), permitindo, desse modo, que exista uma rede de compradores e distribuidores que viabilizem a actividade agrícola.”